O marxismo-leninismo se opõe à ignorância e ao atraso, valorizando a ciência e a cultura. É, em si mesmo, a máxima conquista da ciência. A filosofia do materialismo dialético constitui a cristalização do pensamento científico da humanidade ao longo de cinco milênios. Valendo-se dessa filosofia, os marxistas-leninistas começaram a dominar todas as áreas do saber. Dentre estas, destaca-se uma que nenhum cientista do passado foi capaz de dominar: a história do desenvolvimento do homem e da sociedade. Contudo, o marxismo-leninismo não se limita, como supõem alguns, às ciências sociais ou à história. Sendo a mais alta realização científica já alcançada, é natural que sua concepção de mundo e seus métodos se apliquem a todos os ramos da ciência, os quais poderão desenvolver-se ainda mais por meio de sua assimilação.
Atualmente, a nação chinesa atravessa um grandioso processo de resistência armada e de reconstrução nacional. O êxito de ambas as tarefas depende tanto das ciências sociais quanto das ciências naturais. Todos os ramos científicos e os homens de ciência devem servir à Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa e à reconstrução nacional, devotando-se com empenho a essas causas, pois só assim poderão contribuir para a vitória sobre os fascistas japoneses, bem como para a edificação de uma república democrática fundada nos Três Princípios do Povo.
As ciências naturais constituem uma grande força. Somente o progresso das ciências naturais, o desenvolvimento da indústria, da agricultura e das demais esferas de atividade, a elevação da capacidade produtiva, a exploração e utilização racional dos recursos naturais, além da gestão adequada dos empreendimentos produtivos, nos permitirão ampliar nossas forças, potencializar a capacidade combativa do exército, melhorar as condições de vida do povo e elevar seu nível cultural e sua consciência política. Esse é o caminho para a vitória na Guerra de Resistência e o êxito da reconstrução nacional. Desprezar esse potencial seria cometer um grave erro.
Por outro lado, será impossível fomentar a prosperidade e o florescimento da ciência na China sem a vitória da Guerra de Resistência e o triunfo da democracia. É inconcebível que a ciência se desenvolva plenamente numa colônia – que representa seu túmulo, e não seu berço. Também é inconcebível vislumbrar qualquer perspectiva para a ciência sob uma obscura autocracia, que significa sua repressão mais brutal, sua destruição mais completa, reduzindo os cientistas à condição de meros servidores do grande capital.
A invasão japonesa trouxe enormes estragos e impôs sérias dificuldades ao desenvolvimento científico na China. No entanto, a grandiosa causa da Guerra de Resistência abriu um novo caminho para o avanço da ciência e ofereceu-lhe uma nova fonte de estímulo. Nesta terra árida, nunca antes iluminada pela luz das ciências naturais, nossos cientistas aprenderam a superar as adversidades, realizaram grandes descobertas e alcançaram diversas conquistas. Descobriram, por exemplo, inúmeros depósitos minerais. Por isso, sentimo-nos cheios de esperança e confiança, convencidos de que dispomos de uma capacidade científica suficiente para construir uma nova China. Obtivemos, também, maior determinação, coragem e experiência para integrar efetivamente o conhecimento científico aos recursos materiais e às condições particulares de nosso país, ajustando o que estudamos às necessidades nacionais e da Guerra de Resistência. Embora tais êxitos ainda pareçam limitados, nos deixam vislumbrar, como um raio de luz da aurora, um futuro brilhantíssimo.
Logo, por um lado, devemos valorizar nossas conquistas e recompensar aqueles cientistas que tenham feito contribuições no terreno da ciência e da tecnologia. Por outro, devemos ter plena consciência de que a estrada diante de nós é extensa, do peso de nossas tarefas e dos inúmeros obstáculos e dificuldades que ainda precisamos superar. Não devemos jamais nos dar por satisfeitos, crer que já fizemos o bastante ou considerar resolvidos todos os problemas que ainda exigem solução. Devemos avançar com afinco, integrando a ciência às grandiosas causas da resistência armada e da reconstrução nacional, conduzindo-as à vitória através dos triunfos da pesquisa científica.