Josef Vissarionovitch Stálin — Uma Breve Biografia

Instituto Marx-Engels-Lênin do Comitê Central do PCUS(B)


Capítulo 06


Derrubados pela Revolução Socialista de Outubro, os latifundiários e capitalistas russos, privados de seus privilégios seculares, lançaram-se imediatamente à conspiração com as burguesias estrangeiras, arquitetando uma intervenção militar contra a nascente República dos Sovietes. O consenso das classes dominantes reacionárias era esmagar o poder dos operários e camponeses, restaurar o regime burguês-latifundiário e recolocar, com punho de ferro, as correntes da escravidão assalariada sobre o povo russo. Eclodiu, assim, a Guerra Civil, acompanhada de múltiplas frentes de intervenção armada imperialista.

Diante do perigo iminente, o Governo Soviético proclamou a pátria socialista em estado de alerta e convocou as massas trabalhadoras à luta em defesa de suas conquistas revolucionárias. O Partido Bolchevique, sob a direção firme de Lênin, mobilizou os operários e camponeses para uma Guerra Patriótica de resistência contra a ofensiva imperialista estrangeira e os exércitos dos Guardas Brancos — representantes diretos da burguesia e dos grandes proprietários fundiários.

Na primavera de 1918, os imperialistas britânicos e franceses promoveram uma insurreição do Corpo Tchecoslovaco — composto por ex-prisioneiros de guerra do exército austro-húngaro — que, após a assinatura da paz com a Alemanha, deslocava-se pela Sibéria rumo à França. Essa rebelião articulava-se com levantes simultaneamente planejados por Guardas Brancos e socialistas-revolucionários em vinte e três cidades situadas ao longo do Volga, com uma insurreição dos socialistas-revolucionários de esquerda em Moscou e o desembarque de tropas britânicas em Murmansk. Esses acontecimentos desencadearam uma tempestade contrarrevolucionária de grandes proporções.

A conjuntura era extremamente crítica: o país acabara de emergir da devastadora guerra imperialista, encontrava-se arruinado pelo parasitismo burguês e latifundiário, e padecia de escassez extrema. Os trabalhadores de Moscou e Petrogrado sobreviviam com meras duas onças de pão por dia. A jovem República estava isolada dos celeiros da Ucrânia e da Sibéria; restavam-lhe apenas as regiões do sudeste, do Volga e do Cáucaso do Norte como fontes acessíveis de grãos — e o acesso a essas regiões dependia da manutenção do controle sobre Tsaritsyn, ponto estratégico no curso do Volga.

Para salvar a revolução da fome e da ofensiva contrarrevolucionária, tornou-se imprescindível garantir o fornecimento de alimentos. Lênin conclamou os operários de Petrogrado a organizarem expedições ao campo, em apoio aos camponeses pobres, contra os especuladores de grãos, kulaks e usurários. Para essa missão crucial, Stálin foi enviado ao Sul com poderes extraordinários conferidos pelo Comitê Central, encarregado de supervisionar e dirigir a mobilização de suprimentos no sul da Rússia.

Em 6 de junho de 1918, Stálin chegou a Tsaritsyn acompanhado por um destacamento de operários. Unindo, como poucos, o discernimento político revolucionário à capacidade de comando militar, Stálin imediatamente compreendeu o valor estratégico de Tsaritsyn, identificando-a como o ponto nevrálgico do provável ataque principal das forças contrarrevolucionárias. A queda de Tsaritsyn teria isolado a república de suas últimas fontes de grãos e petróleo, além de permitir a junção das tropas de Kolchak e dos tchecoslovacos com os reacionários da região do Don, facilitando um avanço geral sobre Moscou. Assim, manter Tsaritsyn era uma questão de vida ou morte para a revolução.

Com mão firme, Stálin eliminou os conspiradores da Guarda Branca infiltrados na cidade, enviou significativas quantidades de alimentos às capitais famintas e concentrou todos os seus esforços na defesa de Tsaritsyn. Rompeu decididamente com os especialistas militares de confiança duvidosa — nomeados e protegidos por Trotsky — e tomou medidas enérgicas para reconstituir os destacamentos dispersos. Organizou o deslocamento das unidades comandadas por Voroshilov desde o Donbas, que formariam o núcleo do futuro 10º Exército. Graças à sua vontade inquebrantável e à direção previsora, Tsaritsyn foi salva e os Brancos foram impedidos de atingir Moscou.

A heroica defesa de Tsaritsyn coincidiu com a derrocada do imperialismo alemão na Ucrânia. Em novembro de 1918, a revolução eclodiu na Alemanha e no Império Austro-Húngaro. O Comitê Central incumbiu Stálin da organização da Frente Ucraniana, com a tarefa de apoiar os trabalhadores e camponeses da Ucrânia em sua luta emancipatória. Vinte militantes exemplares do Partido, provenientes do Décimo Exército e dirigidos por Voroshilov, foram destacados para essa frente.

Ao final de novembro, as tropas insurrecionais ucranianas, em ofensiva contra Petliura e os alemães, libertaram a cidade de Kharkov. Minsk, no Oeste, também foi libertada. Stálin desempenhou um papel inestimável na libertação dessas regiões e na fundação da República Socialista Soviética da Bielorrússia.

Nesse mesmo contexto, foi criado o Conselho de Defesa dos Trabalhadores e Camponeses, sob a direção direta de Lênin, com a missão de coordenar toda a política de defesa, tanto nas frentes de batalha quanto na retaguarda, integrando os recursos produtivos, o sistema ferroviário e a indústria em função da guerra revolucionária. Stálin, designado como representante do Comitê Central Executivo de Toda a Rússia, atuava na prática como vice de Lênin nesse órgão supremo.

No final de 1918, a situação na Frente Oriental agravou-se profundamente. As tropas de Kolchak avançavam com rapidez, buscando unir-se às forças britânicas que pressionavam pelo Norte. Em nome do Conselho de Defesa, Lênin exigiu ações imediatas para reverter a situação crítica em Perm. Propôs a nomeação de Stálin e Dzerzhinsky, pelo Comitê Central, para intervir com autoridade plena. Após chegar à Frente de Perm, Stálin tomou medidas rápidas e decisivas, e em pouco tempo restabeleceu o controle estratégico da situação.

No Sul, sua firmeza em Tsaritsyn impediu a união dos contrarrevolucionários do Don com os elementos reacionários dos Urais e do Volga. No Norte, frustrou os planos das forças de intervenção estrangeira que buscavam conectar-se com Kolchak e os tchecoslovacos. Isolado de seus aliados e incapaz de sustentar sua ofensiva, Kolchak viu-se compelido à retirada diante do avanço ininterrupto das forças vermelhas.

Após retornar da Frente Oriental, Stálin lançou-se com determinação à tarefa de reorganizar o aparato de controle estatal da República Soviética. Em março de 1919, por proposta direta de Lênin, foi nomeado Comissário do Povo para o Controle do Estado — órgão que, posteriormente, seria transformado no Comissariado do Povo para a Inspeção dos Trabalhadores e Camponeses. Stálin ocupou essa posição até abril de 1922, prestando inestimável contribuição à edificação de um Estado operário-camponês funcional, ao incorporar as massas trabalhadoras na gestão concreta da máquina estatal.

Em maio de 1919, a ameaça contrarrevolucionária se reacendeu com intensidade: o general Yudenich, apoiado por forças reacionárias finlandesas e por tropas estonianas, lançou uma ofensiva relâmpago contra Petrogrado, com o claro intuito de desviar a atenção das forças soviéticas da frente oriental, onde combatia Kolchak. A ofensiva foi reforçada por um esquadrão naval britânico, e um motim organizado nos fortes de Krasnaya Gorka e Seraya Loshad ameaçou a retaguarda do Exército Vermelho. As linhas soviéticas vacilaram, e os exércitos brancos chegaram às portas de Petrogrado.

Diante da gravidade da situação, o Comitê Central escolheu Stálin para organizar a defesa da cidade. Os comunistas, sob sua direção, afluíram às linhas de frente. Stálin restaurou a ordem com rapidez e determinação, esmagando sem piedade os traidores nas fileiras e retomando os fortes amotinados por meio de uma ofensiva coordenada por terra e mar. As forças brancas foram repelidas com vigor, e a ameaça sobre Petrogrado foi neutralizada. O plano da Entente de capturar a antiga capital czarista foi desbaratado. Yudenich sofreu uma derrota decisiva, e os restos de seu exército refugiaram-se na Estônia.

No verão de 1919, Stálin dirigiu-se a Smolensk, na Frente Ocidental, para coordenar a resistência contra a ofensiva lançada pelo exército polonês. Ainda que frustrada inicialmente, a Entente, que havia conseguido esmagar os sovietes na Baviera, Hungria, Estônia e Letônia, articulou uma nova campanha no outono daquele mesmo ano. Apoiando-se em suas tropas regulares, nas forças brancas russas e nos exércitos dos pequenos Estados fronteiriços à Rússia Soviética, os imperialistas lançaram aquilo que Winston Churchill, então Secretário da Guerra britânico, chamou de “campanha dos quatorze Estados”.

Enquanto o Exército Vermelho se empenhava na derrota de Kolchak no Leste, o general Denikin ocupava a bacia carbonífera de Donetz e invadia a Ucrânia por uma ampla frente. A atuação traiçoeira de Trotsky desorganizou por completo a Frente Sul, provocando uma série de derrotas consecutivas. Em coordenação com Denikin, os brancos poloneses tomaram Minsk; Yudenich voltou a lançar uma ofensiva contra Petrogrado, e Kolchak, por sua vez, procurava manter a resistência no rio Tobol. Jamais o inimigo esteve tão próximo de Moscou. Os capitalistas do Donetz chegaram a oferecer uma recompensa de um milhão de rublos ao primeiro regimento branco que conseguisse penetrar na capital soviética.

Diante da gravidade extrema da conjuntura, Lênin, falando em nome do Comitê Central do Partido, emitiu um apelo veemente às organizações partidárias em todo o país: “Todos na luta contra Denikin!” Reforços e suprimentos foram enviados em marcha forçada à Frente Sul. Contudo, mais do que soldados e armas, era imprescindível uma direção capaz de forjar a unidade de ação de centenas de milhares de combatentes, coordenar uma estratégia coerente e imprimir ao Exército Vermelho o ímpeto necessário para a vitória. O Comitê Central designou Stálin como o dirigente responsável por organizar a contraofensiva na Frente Sul.

Ao chegar, Stálin deparou-se com o caos: desorganização, desmoralização e ausência de um plano estratégico claro. De imediato, iniciou a depuração das equipes militares influenciadas por Trotsky e exigiu, com base em deliberação do Comitê Central, que este fosse proibido de interferir em qualquer assunto da frente sulista. O plano então vigente — que previa um ataque frontal por Tsaritsyn em direção a Novorossiisk — foi corretamente considerado por Stálin como um delírio impraticável e criminoso.

Assumindo a responsabilidade total da operação, Stálin apresentou um novo plano estratégico de alta precisão. Propôs que o golpe principal fosse dirigido a partir da região de Voronezh, avançando sucessivamente por Kharkov, Donbass e Rostov. O objetivo era dividir em dois o exército de Denikin, enfraquecendo seu poder de manobra e neutralizando sua coesão operativa. A marcha do Exército Vermelho passaria por centros operários cuja população demonstrava simpatia manifesta pela causa soviética, ansiosa por libertação, além de dispor de uma vasta malha ferroviária, crucial para assegurar abastecimento e reforços. Ao mesmo tempo, esse plano garantiria a libertação do Donbass, cujas reservas de carvão eram fundamentais para a indústria soviética e para o esforço de guerra socialista.

O Comitê Central aprovou o plano de Stálin, reconhecendo sua solidez política e militar.

Stálin não poupou esforços, nem deixou qualquer tarefa por realizar, no firme propósito de assegurar a vitória do poder soviético sobre as forças contrarrevolucionárias. Supervisionando de perto as operações militares, corrigia os erros à medida que surgiam, nomeava cuidadosamente os comandantes e comissários políticos, infundindo-lhes seu próprio espírito de luta revolucionária e dedicação inabalável à causa do proletariado.

Sob sua direção direta, foram redigidas as instruções para os comissários regimentais da Frente Sul, estabelecendo com clareza os deveres políticos e morais desses quadros. Em uma formulação marcante e profundamente pedagógica, o texto declarava:

O comissário regimental é o dirigente político e moral de seu regimento, o primeiro defensor de seus interesses materiais e espirituais. Se o comandante é o chefe do regimento, o comissário é seu pai e sua alma.

Graças à estratégia elaborada por Stálin, Denikin sofreu uma derrota completa. Foi também por sua iniciativa que se organizou o glorioso 1º Exército Montado, sob o comando de Budyonny, Voroshilov e Shchadenko, o qual, atuando em coordenação com os demais exércitos da Frente Sul, desferiu o golpe decisivo que liquidou as forças de Denikin.

Durante o breve interregno de alívio conquistado após essa vitória, Lênin incumbiu Stálin de uma nova missão de grande importância: a reconstrução da economia da Ucrânia, devastada pelos efeitos da guerra civil. Entre fevereiro e março de 1920, Stálin dirigiu o Conselho do Exército do Trabalho Ucraniano e dirigiu a luta pela reorganização da produção e do abastecimento de carvão. Na ocasião, ele declarou:

Hoje, o carvão é tão importante para a Rússia quanto foi a vitória sobre Denikin.

Sob sua direção firme e metódica, os bolcheviques ucranianos obtiveram avanços significativos no fornecimento de combustível ao conjunto do país e na reestruturação do sistema ferroviário, elemento vital para a retomada do funcionamento econômico da República Soviética.

Em maio de 1920, o Comitê Central atribuiu a Stálin uma nova tarefa militar: a direção da Frente Sudoeste contra os Brancos poloneses, que desempenhavam o papel de ponta-de-lança da terceira ofensiva da Entente contra a Rússia Soviética. Stálin teve papel decisivo nas operações que romperam a linha polonesa e permitiram a libertação de Kiev, conduzindo o avanço das tropas soviéticas em direção a Lvov.

Ainda naquele mesmo ano, Stálin organizou a defesa do sul da Ucrânia contra a ofensiva de Wrangel. Foi ele quem delineou o plano geral para a destruição do Exército Branco, plano este que forneceu a base estratégica para as operações conduzidas por Frunze e que culminaram na derrota completa de Wrangel e na libertação definitiva da região.

Ao longo de todos esses anos de Guerra Civil e intervenção imperialista, Lênin e Stálin trabalharam em estreita colaboração. Unidos pela causa da ditadura do proletariado e pela defesa da República Soviética, construíram juntos o Exército Vermelho como instrumento consciente da classe trabalhadora. Lênin consultava Stálin sistematicamente sobre todas as questões cruciais da política soviética e da estratégia militar. Quando Stálin encontrava-se em regiões distantes do país, cumprindo missões políticas e militares de grande envergadura confiadas a ele pelo Comitê Central, ambos mantinham contato regular por meio de cartas, notas e telegramas.

Stálin mantinha Lênin constantemente informado acerca das condições reais das frentes de combate, elaborando análises militares rigorosas e objetivas da situação. Nos momentos mais críticos, recorria a Lênin em busca de apoio e coordenação estratégica, sendo sempre atendido com atenção e rapidez. Por sua vez, Lênin também o mantinha informado das decisões políticas e da situação geral do Estado soviético. Stálin tornou-se, assim, o principal sustentáculo de Lênin na organização e condução da defesa militar da República dos Sovietes.

Durante todo o período da Guerra Civil, o Comitê Central do Partido, com a direção direta de Lênin, designou Stálin para atuar nas frentes mais cruciais e ameaçadas, aquelas onde o perigo à revolução era mais iminente. Stálin integrou o Conselho Militar Revolucionário da República, assim como os Conselhos Militares Revolucionários das Frentes Ocidental, Sul e Sudoeste. Onde quer que o Exército Vermelho estivesse em risco, onde quer que o avanço da contrarrevolução interna e da intervenção imperialista ameaçasse a própria sobrevivência do regime soviético, Stálin era enviado para tomar o controle da situação. Nas palavras de Voroshilov:

Onde quer que o alarme e o pânico pudessem, a qualquer momento, se transformar em impotência e catástrofe, [...] lá, o camarada Stálin sempre aparecia.

E onde quer que fosse enviado, Stálin, fiel ao método leninista de enraizamento do Partido nas massas, organizava imediatamente a base bolchevique local e mobilizava os trabalhadores e camponeses para a luta consciente. Tomava com firmeza as rédeas da dirigente revolucionária em suas mãos, restaurava a coesão política e impunha, com disciplina de ferro, a autoridade do poder soviético. Com o apoio ativo das massas populares, esmagava implacavelmente toda forma de sabotagem, desmantelava conspirações tramadas por traidores e espiões, e impunha a ordem revolucionária tanto na retaguarda quanto nas frentes de combate.

Pelo exemplo vivo de sua conduta, por seu trabalho incansável e por sua visão estratégica clara e inflexível, Stálin despertava nos operários, camponeses e soldados do Exército Vermelho o ânimo, a combatividade consciente e o espírito de sacrifício coletivo. Sob sua direção, a eficácia combativa das tropas era restaurada de forma acelerada, e situações de derrota iminente eram transformadas, pela força da organização política e da estratégia científica, em vitórias decisivas da revolução.

Stálin compreendia com acuidade as mais sutis manobras do inimigo de classe. Identificava e desmontava os planos estratégicos mais engenhosos e traiçoeiros da burguesia e dos generais contrarrevolucionários, desmontando sua “ciência militar” e ridicularizando sua “arte de guerra”, enraizadas na lógica podre do militarismo burguês.

O reconhecimento oficial por seus serviços excepcionais na Guerra Civil foi expressamente registrado na decisão do Comitê Central Executivo de Toda a Rússia, que, por proposta direta de Lênin, concedeu a Stálin, em 27 de novembro de 1919, a prestigiosa Ordem da Bandeira Vermelha, honraria máxima por feitos revolucionários em defesa do Estado proletário.

Foi o Partido Bolchevique, sob a direção unificada de Lênin e Stálin, que fundou o Exército Vermelho — o primeiro exército do mundo nascido da insurreição dos trabalhadores e camponeses. Um exército da fraternidade revolucionária dos povos da Rússia Soviética, treinado não apenas na disciplina militar, mas, sobretudo, nos princípios do internacionalismo proletário. Lênin e Stálin, junto a outros quadros dirigentes do Partido, guiaram, com mão firme, a construção do Exército Vermelho e a defesa da pátria socialista contra a ofensiva das forças burguesas domésticas e estrangeiras.

Foi Stálin quem, de modo direto, concebeu e organizou as principais vitórias do Exército Vermelho. Onde quer que os destinos da revolução estivessem sendo decididos pelas armas, onde a sorte da República dos Sovietes estivesse em risco, ali o Partido enviava Stálin. Coube a ele a formulação dos planos estratégicos fundamentais e a direção das operações militares mais críticas. Em Tsaritsyn e Perm, na defesa de Petrogrado, nas batalhas contra Denikin, na Frente Ocidental contra a nobreza polonesa, no Sul contra Wrangel — em todos esses pontos nevrálgicos da guerra, foi a combinação da vontade de ferro, da lucidez dialética e do gênio estratégico de Stálin que conduziu à vitória da revolução proletária.

Foi ele, ainda, quem formou e dirigiu a nova geração de comissários políticos militares — elemento essencial da coesão moral e ideológica do Exército Vermelho. Como afirmaria Lênin, sem comissários políticos, não haveria Exército Vermelho; e sem Stálin, não haveria a forja sólida desses comissários.

Ao nome de Stálin estão inseparavelmente vinculadas as vitórias mais gloriosas do Exército Vermelho — vitórias que consolidaram a ditadura do proletariado, repeliram a ofensiva imperialista e lançaram as bases da nova sociedade socialista.