O êxito da linha geral do Partido revelou-se de maneira concreta no progresso contínuo e sistemático da indústria e da agricultura soviéticas. No setor industrial, o Segundo Plano Quinquenal, sob a direção de Stálin, foi cumprido com antecedência — em abril de 1937, após apenas quatro anos e três meses de execução. Com a conclusão da reconstrução da base produtiva nacional, a economia da União Soviética passou a operar com o que havia de mais avançado em termos de técnica e maquinaria em escala mundial.
A indústria foi equipada com imensas quantidades de máquinas, ferramentas industriais de alta precisão e modernos dispositivos de produção. No campo, os kolkhozes e sovkhozes receberam tratores de primeira linha, colheitadeiras de grande desempenho e outros equipamentos agrícolas complexos, todos de fabricação soviética. O sistema de transportes foi reequipado com modernos veículos motorizados, locomotivas, embarcações e aeronaves. As Forças Armadas, por sua vez, passaram a dispor de armamentos e equipamentos de vanguarda — artilharia pesada, tanques de guerra, aviões de combate e navios militares —, elevando seu poder combativo a um novo patamar.
Este gigantesco esforço de reequipamento técnico da economia nacional foi conduzido sob a direção pessoal de Stálin. Toda inovação técnica significativa, bem como a introdução de novas marcas de máquinas, recebia sua atenção meticulosa e apoio prático. Stálin acompanhava diretamente os pormenores da reconstrução técnica da indústria e da agricultura, atuando como força inspiradora entre operários, engenheiros, dirigentes produtivos, inventores e projetistas. Demonstrava atenção especial à modernização técnico-militar do Exército Vermelho, da Aviação e da Marinha de Guerra — fator determinante para sua transformação em potências temidas pelos inimigos do socialismo.
Entre as tarefas estratégicas que se impunham ao Partido naquele momento, destacava-se a formação de quadros qualificados. Era imperativo que a sociedade soviética dispusesse de suas próprias forças técnico-científicas, uma intelligentsia proletária formada nas fileiras da classe trabalhadora. Esta era uma questão essencial para a construção do socialismo. De acordo com a concepção de Lênin, segundo a qual a revolução socialista cria as condições fundamentais para o avanço cultural das massas, Stálin estabeleceu como objetivo central o desenvolvimento das forças culturais do proletariado. Disse Stálin:
Entre as classes dominantes que existiram até agora, a classe trabalhadora, como classe dominante, ocupa uma posição bastante única e não inteiramente favorável na história. Todas as classes dominantes anteriores — escravocratas, latifundiários e capitalistas — também eram classes possuidoras de riqueza. Tinham, assim, os meios para educar seus filhos nas ciências e na arte de governar. A classe operária, ao contrário, não era rica; não podia antes prover a formação de seus filhos nessas áreas e só passou a poder fazê-lo a partir do momento em que conquistou o poder. Eis por que a questão da revolução cultural se coloca de forma tão aguda para nós.
A urgência na formação de especialistas entre os trabalhadores se intensificou à medida que a economia passava a dispor, em larga escala, de novas máquinas. Tornava-se premente, portanto, capacitar pessoal apto a operar e extrair o máximo rendimento técnico desses meios, colocando-os a serviço do desenvolvimento socialista.
Essa técnica poderosa exigia operadores conscientes, preparados para dominar os processos produtivos e maximizar sua eficiência. Tornava-se crucial, então, voltar a atenção de todo o Partido, dos sovietes e das massas populares para a formação técnico-profissional de grande número de pessoas. Foi nesse contexto que o discurso de Stálin, proferido em maio de 1935 aos graduados das Academias do Exército Vermelho, adquiriu um valor político e pedagógico singular.
Para pôr a técnica em movimento, — declarou Stálin, — e utilizá-la ao máximo, precisamos de pessoas que dominem a técnica, precisamos de quadros capazes de dominar e utilizar essa técnica segundo todas as regras da arte. Sem pessoas que dominem a técnica, a técnica permanece morta. Sob comando de pessoas qualificadas, a técnica pode — e deve — operar verdadeiros milagres. Se, em nossas fábricas de ponta, em nossas fazendas estatais e coletivas, no sistema de transporte e nas Forças Armadas, tivéssemos quadros em número suficiente, plenamente capacitados a empregar esta técnica, alcançaríamos resultados três ou quatro vezes superiores aos atuais. É preciso compreender, enfim, que, de todos os capitais valiosos do mundo, o mais precioso e decisivo é o capital humano — os quadros, as pessoas. E compreender que, nas condições em que vivemos, os quadros decidem tudo. Se tivermos bons quadros, em número suficiente, na indústria, na agricultura, no transporte e no exército, nosso país será invencível. Se não os tivermos, mancaremos com ambas as pernas.
Este pronunciamento de Stálin tornou-se um poderoso catalisador para a resolução de uma das contradições centrais da construção socialista: o problema dos quadros. Seu impacto extrapolou as fronteiras do aparelho estatal, mobilizando amplamente as organizações partidárias e os Sovietes, além de despertar uma resposta entusiástica entre as massas trabalhadoras, que tomaram como bandeira o trabalho criador.
Dessa iniciativa orgânica e ascendente surgiu uma nova e potente força produtiva — o Movimento Stakhanovista. Iniciado entre os mineiros do Donbas, o movimento se propagou com notável rapidez por todos os setores da economia nacional, da indústria pesada à agricultura. Dezenas de milhares de trabalhadores avançados se destacaram como heróis do trabalho socialista, elevando a produtividade por meio da maestria técnica e da dedicação revolucionária à edificação do socialismo.
Stálin foi o primeiro a salientar, com vigor e clareza, o significado histórico singular do novo movimento surgido entre os operários avançados. Ao discursar na 1ª Conferência de Stakhanovistas da URSS, em novembro de 1935, afirmou que o movimento fundado por Alexei Stakhanov constituía uma nova e superior etapa da Emulação Socialista — uma emulação elevada à sua expressão mais desenvolvida, que rompia com os antigos padrões técnicos e os superava. Disse ele:
O Movimento Stakhanovista é a expressão de uma nova onda de emulação socialista, um novo e mais alto estágio da emulação socialista. [...] Seu significado reside no fato de que se trata de um movimento que está rompendo com os antigos padrões técnicos, já obsoletos, e que, em vários casos, supera a produtividade do trabalho dos principais países capitalistas. Com isso, cria-se a possibilidade prática de consolidar ainda mais o socialismo em nosso país e de transformar a União Soviética no mais próspero de todos os países.
Stálin demonstrou que o movimento não apenas promovia um salto técnico-produtivo, como também abria caminho concreto para a edificação do comunismo. No âmago dessa transformação repousava o embrião de um avanço cultural qualitativamente novo da classe trabalhadora — avanço este que, em sua plena maturação, levaria à supressão da contraposição entre trabalho manual e trabalho intelectual.
Ao refletir sobre as bases materiais e sociais que tornaram possível o Movimento Stakhanovista, Stálin elucidou o fundamento da força e da invencibilidade da Revolução de Outubro:
Nossa revolução é a única que não apenas rompeu os grilhões do capitalismo e garantiu a liberdade do povo, mas também foi capaz de criar as condições materiais para uma vida próspera para esse mesmo povo. Nisso reside a força e a invencibilidade de nossa revolução.
Sob sua orientação direta, realizaram-se não apenas a Conferência de Stakhanovistas da URSS, mas também numerosas assembleias de trabalhadores exemplares nos setores da indústria, transporte e agricultura, frequentemente organizadas no próprio Kremlin. Stálin dialogava pessoalmente com stakhanovistas de distintas áreas: trabalhadores da indústria e do transporte, operadores de colheitadeiras, motoristas de tratores, recordistas de produtividade em fazendas coletivas leiteiras e nos campos de beterraba. A todos escutava com atenção, discutindo os detalhes técnicos e os métodos de produção em cada ramo da economia socialista.
Juntamente com os membros do Comitê Central do Partido e do Governo, Stálin recebeu no Kremlin inúmeras delegações das Repúblicas Socialistas irmãs. Essa prática reiterada expressava com nitidez a unidade fraterna entre os povos da URSS, resultado direto da política nacional de Lênin e de Stálin. Em conjunto com os operários de vanguarda e os camponeses coletivizados, foram deliberadas e decididas diversas questões centrais para o avanço da construção socialista.
Lênin nos ensinou, — disse Stálin na Conferência dos Stakhanovistas, — que somente aqueles dirigentes que sabem não apenas ensinar, mas também aprender com os trabalhadores e camponeses, podem ser verdadeiros dirigentees bolcheviques.
Desde o início de sua militância revolucionária, Stálin personificava essa orientação leninista — o vínculo dialético entre vanguarda e massas.
A reconstrução socialista da economia nacional, levada a cabo com energia planificada e sob direção centralizada, transformou radicalmente a estrutura de classes do país. Essa nova correlação de forças exigia também uma nova base jurídico-política, superadora da Constituição de 1924. Por iniciativa de Stálin, o Comitê Central do Partido propôs, durante o 7º Congresso dos Sovietes da URSS, a elaboração de uma nova Constituição.
Foi então criada uma Comissão Constitucional, presidida por Stálin, encarregada de redigir o novo texto fundamental da República dos Sovietes. O projeto constitucional foi submetido a ampla discussão nacional, que se estendeu por cinco meses e meio — um verdadeiro processo democrático-participativo sem precedentes. Não houve canto do território soviético onde esse documento, um dos marcos jurídicos mais avançados da história, não tenha sido lido, estudado e debatido pelas mais diversas camadas do povo trabalhador.
O esboço da nova Constituição foi acolhido com entusiasmo geral e aprovação unânime pelas massas soviéticas. No 8º Congresso dos Sovietes (Extraordinário), realizado em 25 de novembro de 1936, Stálin apresentou um informe abrangente, no qual analisou em profundidade o conteúdo e o espírito da nova Constituição. Demonstrou que, com a vitória do socialismo na URSS, haviam-se criado as condições históricas objetivas para a ampliação dos direitos democráticos — entre eles, a implementação do sufrágio universal, igual, direto e secreto —, consagrando juridicamente os frutos da ditadura do proletariado e do poder soviético.
Todas as conquistas históricas do socialismo soviético, edificadas sob a direção firme do Partido Comunista e de Stálin, foram consagradas na nova Constituição da URSS, adotada em 1936. Esse documento fundamental consolidou, sob forma jurídico-política, os resultados gigantescos da construção socialista e os transformou em normas legais obrigatórias, dando expressão ao novo conteúdo de classe da sociedade soviética.
A Constituição estabelece que a sociedade soviética é composta por duas classes amigas: o proletariado e o campesinato, unidos numa aliança indestrutível sob a direção da classe operária. A base política do Estado soviético são os Sovietes de operários, camponeses e todos os trabalhadores, expressão organizada da ditadura do proletariado. A base econômica é a propriedade socialista dos meios de produção — em sua forma estatal e cooperativa-kolkoziana — fundamento material da planificação econômica e da abolição da exploração do homem pelo homem.
A nova Constituição assegura aos cidadãos soviéticos direitos sociais e democráticos sem precedentes na história da humanidade: o direito ao trabalho, ao descanso, à educação, à previdência e seguridade na velhice, em caso de enfermidade ou incapacidade, e a plena igualdade entre todos os cidadãos, sem distinção de nacionalidade, raça, etnia ou sexo. No interesse da consolidação do socialismo, garante-se ainda a liberdade de expressão, de imprensa, de reunião e manifestação, de associação em organizações públicas, a inviolabilidade da pessoa, do domicílio e da correspondência.
A Constituição reconhece também o direito de asilo político a todos os estrangeiros perseguidos por suas atividades revolucionárias em defesa dos interesses da classe trabalhadora, por seu trabalho científico ou por sua participação na Luta de Libertação Nacional. Tais direitos e liberdades, verdadeiramente revolucionários, são assegurados não apenas formalmente, mas materialmente — sustentados por um sistema econômico socialista que não conhece crises, desemprego ou anarquia produtiva, ao contrário da ordem capitalista decadente.
Contudo, paralelamente aos direitos, a Constituição impõe aos cidadãos soviéticos obrigações igualmente sérias: observar rigorosamente as leis do Estado, manter a disciplina no trabalho, cumprir com honestidade seus deveres cívicos, respeitar os princípios das relações humanas socialistas, preservar com zelo a propriedade coletiva e defender, com firmeza, a Pátria socialista.
O que durante séculos foi sonho das mentes mais avançadas e progressistas da humanidade converteu-se em realidade concreta e legal na Constituição de 1936 — a Constituição do socialismo triunfante e da democracia socialista em sua forma mais desenvolvida.
Aprovada pelo 8º Congresso dos Sovietes em 5 de dezembro de 1936, esta Constituição passou a ser, com orgulho, chamada pelo povo soviético de Constituição Stalinista. Para os trabalhadores da URSS, ela representa a síntese histórica de suas lutas e vitórias; para os trabalhadores dos países capitalistas, constitui um programa avançado de combate e um modelo de Poder Popular. Este documento comprova, de modo irrefutável, que a URSS ingressou numa nova etapa de seu desenvolvimento — a etapa da conclusão da construção do socialismo e da transição gradual ao comunismo. A Constituição Stalinista tornou-se uma arma política e moral da classe operária mundial na luta contra a reação burguesa e o fascismo. Ela demonstra que o que foi alcançado na União Soviética pode e deve ser realizado em todos os países onde o proletariado se levante contra a opressão capitalista.
A respeito do significado internacional da nova Constituição, Stálin afirmou:
Hoje, quando a onda turva do fascismo se lança contra o movimento socialista da classe operária e enodoa os esforços democráticos das melhores forças do mundo civilizado, a nova Constituição da URSS constituirá uma acusação histórica contra o fascismo, proclamando que o socialismo e a democracia são invencíveis. A nova Constituição prestará assistência moral e apoio efetivo a todos os que hoje se encontram na linha de frente da luta contra a barbárie fascista.
Todavia, as vitórias da construção socialista — longe de serem bem-recebidas por todos — provocaram a fúria dos inimigos internos e externos do povo. Em 1937, novos elementos vieram à tona a respeito da atividade criminosa da camarilha trotskista-bukharinista — uma rede de espiões, sabotadores e assassinos a soldo do imperialismo. Os processos judiciais daquele período revelaram que esses traidores conspiravam contra Lênin desde os primeiros dias da Revolução de Outubro e haviam se transformado em instrumentos servis da espionagem estrangeira. Seus objetivos visavam desmantelar o Partido e o Estado soviético, sabotar a defesa nacional, abrir caminho à intervenção militar externa, derrotar o Exército Vermelho, fragmentar a URSS e restabelecer no país a escravidão capitalista e o domínio imperialista.
O Partido Comunista e o Governo Soviético, sob a direção de Stálin, tomaram medidas firmes e decididas para esmagar essa escória degenerada, inimiga do povo. Na Plenária do Comitê Central realizado em março de 1937, Stálin apresentou o célebre informe “Sobre as Deficiências do Trabalho do Partido”, em que traçou um programa claro de reforço da vigilância política, de fortalecimento dos organismos soviéticos e de elevação ideológica do Partido. Foi nesse contexto que lançou a palavra de ordem: “Dominar o Bolchevismo!”, conclamando os militantes a desmascarar, sem vacilação, os inimigos internos disfarçados.
Os tribunais do povo cumpriram sua função histórica, revelando os crimes abomináveis dos traidores e sentenciando os principais chefes da conspiração trotskista-bukharinista à pena capital. O povo soviético, plenamente consciente da gravidade da ameaça, apoiou decididamente a eliminação dessa quadrilha contrarrevolucionária e, em seguida, voltou-se de imediato à próxima grande tarefa política: a preparação das eleições para o Soviete Supremo da URSS.
Sob a direção firme do Comitê Central e de Stálin, o Partido concentrou todas as suas energias nos preparativos para as eleições ao Soviete Supremo, numa nova etapa da consolidação do poder soviético e do avanço da democracia socialista. A promulgação da Constituição de 1936 assinalou uma virada qualitativa na vida política da URSS, promovendo uma profunda ampliação da democracia popular e elevando a participação consciente das massas trabalhadoras nas decisões do Estado.
O novo sistema eleitoral contribuiu decisivamente para o fortalecimento do controle das massas sobre os órgãos do poder soviético, elevando, ao mesmo tempo, a responsabilidade destes diante do povo. Correspondendo às exigências dessa nova fase, o Partido, guiado por Stálin, reformulou seus métodos de trabalho, aprofundando os princípios do centralismo democrático, incentivando a crítica e a autocrítica, ampliando a democracia interna partidária e reforçando o dever dos órgãos dirigentes para com as bases militantes.
O lema político da campanha eleitoral — a união entre comunistas e candidatos sem-partido em um bloco único — partiu de Stálin e foi assumido como a tônica da mobilização de massas. Tal orientação não apenas assegurava a hegemonia proletária sob direção bolchevique, mas também expressava a unidade orgânica entre o Partido e o povo trabalhador.
No dia 11 de dezembro de 1937, véspera das eleições, Stálin dirigiu-se aos eleitores do “Distrito Stálin”, em Moscou, onde havia sido indicado como candidato. Nesse discurso histórico, transmitido a todo o país, Stálin contrastou as eleições verdadeiramente livres e democráticas da URSS com a farsa parlamentar burguesa dos países capitalistas, onde o povo vive sob o jugo das classes exploradoras e as eleições são manipuladas pelas oligarquias econômicas. Na URSS, dizia ele, as classes exploradoras haviam sido abolidas, o socialismo se enraizara como realidade concreta na vida cotidiana, e era sobre essa base material que se realizavam as eleições soviéticas.
Stálin delineou também o tipo de dirigente político que o povo devia eleger: figuras do tipo Lênin — revolucionários clarividentes, intransigentes na luta contra os inimigos do povo, imunes ao pânico, dotados de sabedoria política e de um amor profundo pelo povo trabalhador. “Devem ser tão íntegros e honestos quanto Lênin foi; tão deliberados na resolução de problemas políticos complexos; tão firmes e corajosos na batalha quanto o próprio Lênin”, disse Stálin.
Suas palavras repercutiram intensamente em todo o território soviético, penetrando fundo na consciência dos trabalhadores, elevando seu entusiasmo político e dando forma ideológica à conduta que se esperava dos deputados eleitos pelo povo. O discurso teve um impacto organizador e educativo imenso, consolidando ainda mais o bloco comunista e os independentes.
As eleições para o Soviete Supremo realizaram-se em 12 de dezembro de 1937 e converteram-se numa autêntica festa nacional, uma celebração política da vitória do socialismo. Dos 94 milhões de eleitores registrados, mais de 91 milhões compareceram às urnas — uma participação de 96,8%. Desses, cerca de 90 milhões votaram no bloco comunista e independentes. Foi uma vitória colossal, que expressava a confiança absoluta das massas na direção de Stálin, do Partido e do sistema soviético.
Esse resultado confirmou brilhantemente a unidade moral e política do povo soviético. E à frente de todos os eleitos — como o primeiro entre os deputados — foi escolhido Stálin, expressão simbólica e concreta da autoridade revolucionária que ele exercia.
Diante da intensificação da atividade política das massas e da complexidade crescente das tarefas da construção socialista, tornou-se ainda mais imperiosa a necessidade de uma sólida formação ideológica e política dos quadros. Stálin, em diversas ocasiões públicas, sublinhou com veemência a importância de dominar o bolchevismo como condição decisiva para o êxito de todas as tarefas práticas. Segundo ele, nove décimos da solução de qualquer problema residem na preparação ideológica e política das pessoas que o enfrentam. Para isso, todas as condições objetivas já haviam sido criadas pela Revolução: cabia agora ao Partido formar sistematicamente seus militantes.
Foi nesse espírito que, em 1938, o Partido publicou a monumental obra “História do Partido Comunista (Bolchevique) da URSS”, redigida sob a direção de Stálin e aprovada por uma comissão especial do Comitê Central.
A publicação desta obra representou um marco na vida ideológica do Partido Bolchevique. Pela primeira vez, o Partido dispunha de uma exposição sistematizada, acessível e profunda de sua trajetória revolucionária e de sua doutrina marxista-leninista. Redigido com a clareza pedagógica e a força teórica características de Stálin, o livro tornou-se uma verdadeira enciclopédia da teoria e da prática revolucionária, oferecendo aos militantes e às massas uma ferramenta de orientação ideológica sem paralelo.
A obra apresenta o desenvolvimento histórico do marxismo-leninismo sob as novas condições da era do imperialismo e das revoluções proletárias, iluminando a trajetória do bolchevismo — desde a luta contra o oportunismo até a vitória do socialismo num sexto do planeta.
A recepção da obra foi imediata e massiva: milhões de exemplares foram vendidos em curto espaço de tempo, atingindo todas as regiões da União Soviética e inúmeros países no exterior. No 18º Congresso do Partido, Zhdanov declarou:
Pode-se afirmar com segurança que este é o primeiro livro marxista que alcançou tamanha difusão desde o nascimento do marxismo.
O capítulo intitulado “Materialismo Histórico e Dialético”, inserido na obra constitui uma verdadeira declaração de princípios da filosofia marxista-leninista, redigida com concisão rigorosa e clareza cristalina. Nele, Stálin sintetiza, com autoridade teórica ímpar, as contribuições de Marx, Engels e Lênin ao método dialético-materialista, elevando-o ainda mais à luz das descobertas científicas contemporâneas e da prática revolucionária acumulada pelo bolchevismo.
Stálin apresenta o materialismo dialético como a fundamentação teórica do comunismo, a visão de mundo do Partido Marxista-Leninista e a arma ideológica da classe operária na luta pela instauração da ditadura do proletariado e pela construção da sociedade comunista. A unidade orgânica entre filosofia e prática revolucionária é, nesta obra, demonstrada com vigor: a teoria marxista-leninista não é uma especulação abstrata, mas um guia para a ação.
Ao sublinhar a necessidade de dominar o método dialético, Stálin ensina que a política revolucionária só pode ser correta se for orientada pelas leis objetivas do desenvolvimento histórico. Ignorar tais leis equivale a se afastar da realidade concreta, escorregar no subjetivismo e cair no oportunismo.
Redigido por um mestre insuperável do método dialético marxista, este capítulo representa o ápice do pensamento filosófico do marxismo-leninismo até então, consolidando as bases da concepção científica do mundo própria do bolchevismo.
Em março de 1939, realizou-se o 18º Congresso do PCUS(B), sob a direção direta de Stálin. Este Congresso constituiu uma demonstração grandiosa da unidade e da solidez ideológica do Partido, que se mostrava monolítico em torno do Comitê Central leninista-stalinista. A maturidade política e teórica da organização bolchevique alcançava um novo patamar.
No informe político apresentado ao Congresso, Stálin ofereceu uma análise penetrante da situação internacional e denunciou os planos agressivos dos instigadores da guerra contra a URSS. Desde o 17º Congresso haviam transcorrido cinco anos — um período de profunda instabilidade no mundo capitalista, marcado por crises econômicas recorrentes, convulsões políticas e o colapso do sistema de tratados de paz do pós-guerra.
A crise de 1929–1932, seguida de uma depressão prolongada, abriu caminho, em 1937, para uma nova crise que atingiu diretamente os centros do imperialismo — Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e outras potências capitalistas. A instabilidade geral acentuou-se e culminou no início de uma nova guerra imperialista — a Segunda Guerra Mundial, instigada pelos dois Estados mais agressivos do bloco imperialista: a Alemanha hitlerista e o Japão militarista.
Stálin apontou que essa guerra arrastava mais de quinhentos milhões de pessoas para sua órbita, espalhando-se desde Tientsin, Xangai e Cantão, passando pela Abissínia, até Gibraltar. A agressão imperialista ameaçava agora os interesses de outros países capitalistas, particularmente da Grã-Bretanha, França e Estados Unidos. No entanto, os governos dessas potências não apenas deixaram de combater os agressores, como adotaram deliberadamente uma política de “neutralidade” — ou melhor, de conivência.
A chamada política de não intervenção foi desmascarada por Stálin como uma forma velada de cumplicidade com os agressores, que visava canalizar a ofensiva fascista rumo ao Leste — contra a União Soviética. O infame Acordo de Munique, firmado por Chamberlain e Daladier, dirigentes da Grã-Bretanha e da França, demonstrava que o imperialismo ocidental tentava jogar os Estados fascistas contra o poder soviético, na expectativa de assistir de longe à destruição do bastião socialista internacional. Com clareza dialética, Stálin alertou para os riscos dessa manobra reacionária:
O grande e perigoso jogo político iniciado pelos apoiadores da política de não intervenção pode terminar em um sério fiasco para eles.
A análise de Stálin revelou ao Partido e ao povo soviético toda a gravidade do momento histórico, preparando-os ideologicamente para a luta que se aproximava. Em seu discurso, ele definiu com nitidez os princípios da política externa socialista:
1. Dar continuidade à política de paz e aprofundar as relações comerciais com todas as nações, com base no respeito mútuo, na soberania e nos interesses recíprocos dos povos.
2. Manter vigilância constante e não permitir, sob hipótese alguma, que nosso país seja manipulado ou conduzido à guerra por forças belicistas acostumadas a explorar terceiros para atender a seus próprios interesses imperialistas.
3. Reforçar de forma sistemática e integral o poder combativo e dissuasório de nosso Exército Vermelho e de nossa Marinha Vermelha, como garantias firmes da defesa da pátria socialista.
4. Ampliar e consolidar os laços internacionais de solidariedade com a classe trabalhadora de todos os países que lutam sinceramente pela paz mundial e pela fraternidade entre os povos.
Após descrever com dados concretos os avanços do socialismo — o crescimento da economia planificada, a elevação do nível de vida do povo soviético e a solidez institucional do Estado dos Sovietes —, Stálin apresentou uma nova e grandiosa tarefa histórica ao Partido e ao povo: superar os países capitalistas mais desenvolvidos também no plano econômico, não apenas em técnica e ritmo de crescimento, mas em volume de produção per capita.
Ultrapassamos os principais países capitalistas no que diz respeito à técnica de produção e à taxa de desenvolvimento industrial, — afirmou Stálin, — Isso é excelente, mas ainda insuficiente. Devemos ultrapassá-los também economicamente. Podemos fazê-lo, e devemos fazê-lo. Apenas se superarmos economicamente os países capitalistas, poderemos garantir que nosso país esteja plenamente abastecido de bens de consumo, de produtos em abundância, e assim realizar a transição da primeira para a segunda fase do comunismo.
Com isso, o Partido bolchevique entrava numa nova etapa de seu programa revolucionário: a edificação do comunismo pleno, sustentada na abundância material e na elevação cultural do povo — fundamentos que, no marxismo-leninismo, constituem as condições objetivas e subjetivas para a superação definitiva da sociedade de classes.
No informe ao 18º Congresso do PCUS(B), Stálin apresentou um verdadeiro programa bolchevique de formação e consolidação de quadros, cientificamente fundamentado e integralmente vinculado à luta revolucionária e à construção do socialismo. O dirigente máximo do Partido sistematizou uma linha clara para a educação ideológica, seleção, promoção e verificação dos quadros, reafirmando que o fator humano — consciente, disciplinado e politicamente esclarecido — é decisivo para o sucesso de toda a obra socialista.
Ao fazer o balanço do período compreendido entre o 17º e o 18º Congresso, Stálin sintetizou:
A principal conclusão a ser tirada é que a classe trabalhadora do nosso país, tendo abolido a exploração do homem pelo homem e firmemente estabelecido o sistema socialista, provou ao mundo a verdade de sua causa. Essa é a principal conclusão, pois fortalece nossa fé no poder da classe trabalhadora e na inevitabilidade de sua vitória final.
Este informe não foi apenas um balanço de realizações; tratou-se de um documento programático do comunismo, uma nova etapa no desenvolvimento da teoria marxista-leninista. Stálin avançou a teoria da revolução proletária formulada por Lênin, concretizando a tese da construção integral do socialismo em um só país, mesmo em condições de cerco capitalista. A conclusão teórica de que o comunismo pode ser edificado sob tais condições enriquece o leninismo, arma ideologicamente a classe operária mundial e abre ao Partido a perspectiva histórica da transição ao comunismo.
Como se sabe, Lênin, em sua célebre obra “O Estado e a Revolução” (1917), realizou uma poderosa defesa da concepção marxista do Estado contra as distorções oportunistas da 2ª Internacional. Sua intenção, interrompida pela morte prematura, era compor um segundo volume que abordasse as lições estratégicas das revoluções russas de 1905 e 1917.
Stálin, com base em mais de duas décadas de experiência concreta na construção do primeiro Estado socialista do mundo, levou adiante aquilo que Lênin não pôde concluir. Formulou uma teoria completa e sistemática do Estado socialista, analisando os estágios de seu desenvolvimento, as transformações de suas funções, e a dinâmica de sua permanência em condições de confronto com o capitalismo mundial. A conclusão essencial de Stálin foi que o Estado, sob o socialismo, não desaparece automaticamente, mas deve ser preservado enquanto persistirem as ameaças externas e o cerco imperialista.
Ao mesmo tempo, Stálin sublinhou o papel central da ideologia na organização da nova sociedade. A propaganda e a formação marxista-leninista tornaram-se tarefas cruciais, a serem levadas a cabo em todos os setores: Partido, Komsomol, sindicatos, cooperativas, organismos econômicos, culturais, militares e administrativos. A clareza ideológica e a preparação teórica passaram a ser critérios fundamentais de avaliação dos quadros. Stálin declarou:
Se enfraquecer a formação marxista-leninista de nossos quadros; se negligenciarmos o esforço contínuo de elevar seu nível político, ideológico e teórico; se permitirmos que percam de vista a perspectiva histórica do nosso movimento e se acomodem à condição de meros executores automáticos e acríticos das diretrizes superiores — então todo o edifício do trabalho partidário e estatal entrará, inevitavelmente, em processo de degeneração.
É preciso afirmar, como um princípio incontornável, que quanto mais elevado for o nível político, teórico e ideológico dos militantes em qualquer esfera do trabalho partidário ou estatal, mais fecundo e transformador será esse trabalho — e mais sólidos e eficazes serão seus resultados. O oposto também se confirma com rigor: quadros politicamente desarmados, sem formação marxista-leninista sistemática, estão fadados à mediocridade, à instabilidade ética e política, ao fracasso funcional e, por fim, à degeneração oportunista.
Pode-se afirmar com plena segurança: se formarmos, em todos os setores, quadros ideologicamente forjados, capazes de compreender com clareza as contradições internas e internacionais do período, e se os educarmos para que se tornem marxista-leninistas conscientes, estrategicamente lúcidos e politicamente firmes — prontos para conduzir o país sem desastres nem desvios — então solucionaremos, de antemão, nove décimos de nossos problemas práticos.
E essa tarefa está plenamente ao nosso alcance — pois dispomos dos instrumentos, das condições objetivas e subjetivas e da base política necessária para realizá-la. Cabe a nós cumpri-la com rigor e responsabilidade histórica.
Stálin foi ainda mais longe ao exigir que os bolcheviques de todas as áreas do saber científico dominassem também a ciência marxista-leninista da sociedade, isto é, o conhecimento das leis objetivas do desenvolvimento histórico, da revolução proletária, da construção socialista e da transição ao comunismo. A especialização técnica, por mais valiosa que fosse, não podia substituir a formação política.
Existe um campo do saber que nenhum bolchevique, independentemente de sua área de atuação, pode ignorar: trata-se da ciência marxista-leninista da sociedade — ciência que revela as leis objetivas do desenvolvimento social, da revolução proletária e da construção do socialismo. Todo militante que se reivindica leninista não pode se limitar exclusivamente à sua especialização técnica — seja ela matemática, botânica, química ou qualquer outra — e permanecer alheio às determinações mais amplas da luta de classes e da transformação social.
O leninista autêntico deve ser, necessariamente, também um sujeito político, um agente social consciente, profundamente comprometido com os rumos históricos de seu povo e do seu país. Deve ser conhecedor das leis do desenvolvimento histórico e capaz de aplicá-las na prática concreta, participando ativamente da orientação política e ideológica da sociedade.
É certo que essa exigência representa uma carga adicional para o especialista bolchevique, porém ela é inteiramente justificada e plenamente recompensada pelos frutos que oferece.
Essas palavras condensam o núcleo do Homem Novo forjado pelo Partido: o quadro comunista integral, politicamente educado, ideologicamente armado e tecnicamente competente — aquele que une a ciência à consciência, a técnica à teoria, a especialização à política.
A tarefa fundamental da propaganda partidária, da formação teórica marxista-leninista dos quadros, consiste em capacitar sistematicamente os nossos militantes, em todos os setores de atividade, no domínio científico das leis do desenvolvimento social, tal como concebido pela ciência do materialismo histórico e dialético.
O informe apresentado por Stálin ao 18º Congresso é um programa integral para a finalização da construção de uma sociedade socialista sem classes e para a transição organizada e consciente rumo ao comunismo. Aprovado por unanimidade pelo Congresso, o informe foi acolhido como orientação estratégica e norma diretiva para todas as esferas de atuação do Partido.
Esse informe expressou a capacidade previsora da teoria marxista-leninista aplicada à arena das relações internacionais. A análise de Stálin sobre os objetivos da política externa da URSS, aliada à sua habilidade dirigente, traduziu-se em êxitos notáveis da diplomacia soviética, fortalecendo decisivamente o prestígio internacional da União Soviética como força política de peso, capaz de influenciar, moldar e reverter a correlação de forças mundial em benefício da classe trabalhadora. Sob a orientação de Stálin, o governo soviético logrou desbaratar os planos pérfidos dos instigadores de guerra — interessados em ver outros povos lutarem suas batalhas — e garantiu condições de paz e trabalho aos povos da União Soviética. A assinatura de pactos de assistência mútua com os países bálticos fortaleceu significativamente tanto a defesa do Estado socialista quanto sua posição nas relações internacionais.
A política externa soviética esteve firmemente orientada pela defesa da paz e pela construção de um sistema de segurança coletiva. No entanto, essa política encontrou resistência e indiferença nas classes dominantes da Grã-Bretanha e da França. A política de “não intervenção” consagrada nos Acordos de Munique revelou-se desastrosa para os povos dos países não-agressores. Em março de 1939, com o aval tácito da diplomacia britânica e francesa, a Alemanha nazista consumou a ocupação da Tchecoslováquia, dando início a uma ofensiva agressiva contra os países da Europa Oriental. Simultaneamente, o Japão imperialista — aliado do Eixo no Oriente — intensificou suas provocações, lançando, em maio de 1939, incursões militares contra a fronteira da República Popular da Mongólia. Contudo, na batalha de Khalkhin-Gol, o exército japonês foi fragorosamente derrotado pelo Exército Vermelho.
Enquanto isso, os representantes britânicos e franceses conduziam negociações com a URSS de forma evasiva e insincera. As conversações para a constituição de uma frente comum contra a agressão fascista eram deliberadamente proteladas, com a imposição de condições inaceitáveis para o Estado soviético.
Diante da relutância da Grã-Bretanha e da França em estabelecer uma aliança sólida com a URSS para salvaguardar a paz, o governo soviético viu-se compelido a buscar, de modo autônomo, alternativas que assegurassem a proteção de seu povo e de seu território. Foi nesse contexto que, em agosto de 1939, a União Soviética firmou um Tratado de Não-Agressão com a Alemanha. Conforme declarado posteriormente por Stálin, esse pacto não comprometeu, direta ou indiretamente, a integridade territorial, a independência ou a dignidade da União Soviética. Ao contrário, proporcionou um período de estabilidade que permitiu ao país preparar-se adequadamente para uma eventual agressão militar.
Consciente da orientação de Stálin no sentido de manter o país em constante estado de vigilância e prontidão para a defesa armada contra qualquer ameaça externa, o Partido Bolchevique desenvolveu, de forma metódica e resoluta, um trabalho persistente de preparação militar e econômica, a fim de garantir a capacidade de defesa ativa da União Soviética. A política de industrialização acelerada e de coletivização da agricultura, implementada nos planos quinquenais sob a direção de Stálin, estabeleceu uma base econômica sólida e moderna, apta a sustentar o esforço de guerra e a defesa nacional.
Essa orientação partidária tornou possível a produção em larga escala de metais para a fabricação de armas e equipamentos, combustíveis para as indústrias e ferrovias, algodão para os uniformes militares e alimentos para o abastecimento regular das Forças Armadas.
Como resultado direto da política revolucionária de industrialização socialista e planejamento centralizado, a produção econômica da União Soviética alcançou, em 1940, patamares impressionantes — jamais imaginados sob o regime czarista. A produção de ferro-gusa atingiu 15 milhões de toneladas, quase quatro vezes mais do que o total registrado em 1913, sob o velho regime. A produção de aço chegou a 18,3 milhões de toneladas — um salto de quatro vezes e meia em relação ao período pré-revolucionário. A extração de carvão superou 166 milhões de toneladas, representando um aumento superior a cinco vezes. A produção de petróleo alcançou 31 milhões de toneladas, ou três vezes e meia mais do que em 1913. A colheita de grãos atingiu 38,3 milhões de toneladas — 17 milhões a mais do que a registrada antes da Revolução. E a produção de algodão bruto chegou a 2,7 milhões de toneladas, também três vezes e meia superior ao índice do período czarista.
Esse crescimento sem precedentes da produção, — afirmou Stálin em discurso dirigido aos seus eleitores em 9 de fevereiro de 1946, — não pode ser interpretado como um mero processo evolutivo, linear e gradual, de um país atrasado rumo ao progresso. Trata-se, na verdade, de um salto qualitativo de enormes proporções históricas, por meio do qual nossa pátria superou sua condição agrária e semifeudal, transformando-se, pela via socialista, em uma potência industrial moderna e avançada.
No outono de 1939, por iniciativa estratégica de Stálin, a União Soviética realizou a libertação histórica dos povos irmãos da Ucrânia Ocidental e da Bielorrússia Ocidental, até então submetidos à opressão secular dos latifundiários e nacionalistas poloneses. Esses povos, ao serem incorporados à união fraterna das nações soviéticas, passaram a integrar de forma orgânica a grande comunidade de povos livres da URSS, desfrutando pela primeira vez de autodeterminação real, direitos sociais e desenvolvimento planejado.
Pouco tempo depois, no avanço do processo de reunificação histórica dos territórios soviéticos, as Repúblicas Bálticas — Lituânia, Letônia e Estônia — foram reintegradas ao seio da União Soviética, consolidando sua libertação do domínio burguês e imperialista e unindo-se ao sistema socialista multinacional sob a bandeira do internacionalismo proletário.
Em 20 de dezembro de 1939, por ocasião do seu 60º aniversário, Josef Stálin foi agraciado, por decisão unânime do Presidium do Soviete Supremo da URSS, com o título de Herói do Trabalho Socialista, em reconhecimento aos seus excepcionais méritos históricos na edificação do Partido Bolchevique, na fundação do Estado soviético, na realização da construção socialista e no fortalecimento da união indestrutível entre os povos da União Soviética. Dois dias depois, em 22 de dezembro, Stálin foi eleito membro honorário da Academia de Ciências da URSS, como tributo ao seu papel determinante na elevação do nível científico, técnico e cultural da sociedade soviética.
Entre os dias 15 e 20 de fevereiro de 1941, realizou-se a 18ª Conferência de Toda a União do PCUS(B), ocasião em que se debateram as tarefas centrais das organizações do Partido no setor industrial e de transportes, a avaliação dos resultados econômicos do ano de 1940, o plano de desenvolvimento econômico para 1941, além de importantes questões organizativas.
Sob a orientação direta de Stálin, a tônica fundamental da Conferência foi a consolidação e o reforço do potencial defensivo do Estado socialista, como medida de salvaguarda diante do agravamento da conjuntura internacional e da intensificação das ameaças externas.
Por proposta de Stálin, o Comitê Central do PCUS(B) e o Governo Soviético encarregaram a Comissão Estatal de Planejamento (Gosplan) de elaborar um plano econômico de longo prazo com duração de quinze anos, fundamentado nas resoluções do 18º Congresso do Partido. Esse plano fixava como objetivo estratégico suplantar os principais países capitalistas no âmbito da produção per capita de ferro, aço, combustíveis, energia elétrica, máquinas, demais meios de produção e bens de consumo essenciais, marcando o compromisso do socialismo soviético com a superioridade econômica sobre o sistema burguês em escala internacional.
No dia 6 de maio de 1941, Stálin foi designado, por decisão do Soviete Supremo da URSS, como Presidente do Conselho dos Comissários do Povo da URSS, assumindo formalmente a chefia do Governo Soviético e consolidando, no plano executivo, sua posição dirigente no processo revolucionário soviético.
Guiado pela direção genial de Stálin, o povo soviético avançava firme em sua marcha de vitórias, acumulando conquistas no caminho da construção do comunismo. Contudo, em junho de 1941, o imperialismo alemão, sob a liderança do fascismo hitlerista, lançou uma agressão traiçoeira contra a União Soviética, interrompendo momentaneamente os trabalhos pacíficos e construtivos da sociedade soviética e dando início à heroica Grande Guerra Patriótica, na qual o povo soviético escreveria algumas das páginas mais gloriosas da história da humanidade.